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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quinto dia de aula: 08/02/2011 (Roteiro e Narrativa)

Roteiro, o material mais que necessário na produção de filmes. Mas será que é realmente necessário em jogos? 


DEFINIÇÃO DE ROTEIRO:

Antes de tudo, o que é Roteiro e pra que serve?

Ele é um documento narrativo, um guia dirigido a todos os envolvidos na produção de um filme para cinema ou programas de televisão e outras obras audiovisuais. Inclui o local onde se passa a cena, personagens, diálogos, tempo (dia/noite) e detalhes relevantes para que tudo funcione como imaginado pelo roteirista.

Diferente de um romance, ele necessariamente deve contar uma história através de imagens e é centrada num personagem principal. 

Roteiro pode ser dividido em três partes: Ato 1: Apresentação, Ato 2: Confrontação, Ato 3: Resolução, basicamente início, meio e fim. 

Citando Jean-Claude Carrière: "Porque roteiro é o sonho de um filme".

"Bom roteirista é aquele que se atualiza constantemente com a literatura, grande fonte de inspiração para criar conteúdo, personagem, clima e dialogação."
                                                                                                     Marcos Rey


OBJETIVO DO ROTEIRO:

O objetivo do Roteiro é tentar estabelecer com seu leitor uma relação o mais parecida possível com a relação de um espectador vendo um filme. Ele será o guia durante toda a produção audiovisual. 


O PROGRAMA CELTX:

O Professor nos informou que será obrigatório o uso do programa Celtx, gratuito no site da desenvolvedora. 

CELTX é - de acordo com a própria desenvolvedora - o primeiro sistema de pré-produção de mídia "tudo em um". Ele substitui a pré-produção "papel e pasta" pelo meio digital, que é mais completo, mais simples de se trabalhar e mais fácil de compartilhar. Existe a versão paga (em US$) que fornece um adendo com 625 imagens e mais três ferramentas de escrita.

Caso queira instalar o software e utilizá-lo, aqui vão algumas instruções:

Em "Modelos de Projeto", escolha "Filme" (de acordo com o Professor, deveria ser "Ficção" e não "Filme").

O Cabeçalho contem o local da cena. Sempre deve começar com "INT." ou "EXT.", sendo aquele indicando um local fechado (interior) e este um local aberto (exterior). Escrever nome do local, tempo (dia ou noite).

Em seguida, em baixo, deve ter a descrições dos personagens,  com nome nome, características físicas mais relevantes, idade, profissão, etc. Existe a opção de incluir rubrica ("( )"), que pode conter pequenos detalhes característicos dos personagens.

Por enquanto, foi só isso que utilizamos em aula.


MASTER SCENES:

Master Scenes é o padrão de escrita de roteiros reconhecido intencionalmente, sendo seu princípio mais importante: cada página de roteiro para cada minuto de filme.

Os elementos de roteiro de ficção são: cabeçalho, ação/descrição visual e diálogos.

Em cada mudança de espaço (cenário), muda a sequência e um novo cabeçalho deve ser criado; também deve ser feito quando houver mudança de tempo (dia e noite, um dia para o outro, anos depois etc.)

Tudo o que o roteirista puder descrever, deverá descrever.


SINOPSE:

Sinopse é uma visão de conjunto, uma breve narrativa, que se pode percorrer com um olhada. É diferente de storyline, que é uma história de uma linha.

Sendo uma breve narrativa de história, tem cerca de meia página para um programa de meia hora ou uma página para uma hora.

A sinopse deve conter pontos de virada (plot points) do enredo mais específicos do que as premissas. Também deve dar indicações sobre as motivações dos personagens. O que não deve conter é uma porção de detalhes.

Uma dica para escrever uma sinopse é que essa deve conter as respostas para estas perguntas: Quem? O quê? Onde? Quando? Por quê? Para quê? e Como?


POR FIM...


Por fim, houve uma discussão na sala de aula sobre como as técnicas de roteiro pode auxiliar no desenvolvimento de jogos. Foi grande a discussão, viu...<sigh> O Professor não tem especialidade alguma na área de jogos eletrônicos (não tem nem experiência nem em jogar games!!!) e cujo conhecimento é oriundo da área de Letras.

Infelizmente, ninguém concluiu nada, nem alunos, nem professor. Aqueles por ainda estarem no primeiro semestre da faculdade e este por nem ter ao menos ter jogado um Pac-man (o nosso famigerado "Come-come").

Na minha humilde opinião, as técnicas de roteiro são ótimas para criar bons enredos e bom também para auxiliar na criação de Game Design Document (GDD, "Documento de Projeto de Jogo"). Eu tenho certeza que o livro que estou lendo (vou passar a bibliografia e mais tarde vou comentar sobre a obra) irá me ajudar a criar bons personagens, uma boa história, criar elo emocional entre jogo e jogador entre outras coisas. Todavia, com certeza um GDD é muito mais complexo que um roteiro de cinema. Essa matéria, Roteiro e Narrativa, será apenas um pequeno auxílio e nada mais.

O mais correto não é ter Roteiro e Narrativa, mas sim uma matéria específica de Game Design, ensinando como escrever em um padrão e como pensar em todos os detalhes de um jogo, desde o mais simples ao mais complexo. A história do jogo está incluída no GDD.

E é só isso por enquanto. Bye.


BIBLIOGRAFIA:

FIELD, Syd. Manual do Roteiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

"Manual do Roteiro" apresenta, em linguagem simples e acessível, passo a passo, todos os elementos fundamentais para a construção de uma boa narrativa. Esta obra é instrumento essencial para o trabalho criativo de roteiristas experientes ou aspirantes a um lugar no mercado de Cinema e TV. (Saraiva)



 Obs.: Comentarei sobre este livro!




CHION, Michel. O Roteiro de Cinema. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Este livro não pretende ditar normas ou impor modelos, mas procura principalmente relatar as técnicas utilizadas sistemática ou intuitivamente na elaboração de roteiros de cinema, mostrando que elas não são arbitrárias, correspondem a certos princípios e podem ser adaptadas, alteradas ou renovadas (Livraria Cultura). 







SANDLER, Ellen. Guia Prático do Roteirista de TV. São Paulo: Bossa Nova, 2008.




Neste livro, Guia Prático do Roteirista de TV, ela revela os segredos do sucesso de seus roteiros para os seriados Everybody Loves Raymond e Coach. 









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